Tem “corno” de sobra em MS, mas falta coragem para expor e ganhar lanche
- Fabio Sanches
- 12 de jun.
- 2 min de leitura

Campo Grande (MS), 10 de junho de 2025 – A mais recente campanha do Burger King provocou risos e certa timidez nas filas das unidades de Mato Grosso do Sul. Com o slogan que promete um Whopper grátis para quem foi traído – desde que leve um amigo testemunha — a ação, embora viral, teve pouco movimento presencial, gerando um resultado tímido no primeiro dia.
Histórias dos “expostos”
Jennifer César Fernandes, secretária, conta que não tem certeza se foi traída: “Quem é traído é o último a saber, né?” Sem testemunha, voltou para casa sem lanche, apenas com “o recibo da traição e um sorvetinho”.
Mariana Almeida Ximenes, estudante, não perdeu o humor: “Foi grande”, disse sobre o “tamanho do chifre”. Mas, também sem prova, ela saiu sem sanduíche.
Luis Eduardo de Oliveira, estudante com testemunha, ganhou o lanche: “Foi mês passado, peguei ela com meu amigo. Na casa dela… Agora tô suave”, comemorou.
Como funciona a campanha
Duração: até quinta-feira, 12 de junho – Dia dos Namorados.
Mecânica: na compra de um combo, qualquer pessoa que comprove traição com testemunha ganha um lanche grátis (válido por CPF ou veículo).
Objetivo de marketing
A diretora de marketing do Burger King, Giulia Queiroz, explicou que a campanha segue a linha bem-humorada das últimas cinco edições, com tom leve e descontraído, mantendo a tradição da marca: “essa forma mais descontraída faz parte das nossas campanhas há cinco anos […] acredito que esta nova campanha do corno esteja à altura das expectativas dos nossos clientes”.
Análise e contexto
A campanha chamou atenção por usar um tema polêmico, o “chifre”, como mote publicitário, o que suscitou curiosidade e desconforto. A proposta testa os limites do humor nas redes sociais e no ponto de venda – e, pela adesão ainda discreta, revela que assumir uma situação pessoal tão delicada pode ser motivo de vergonha, mesmo com um lanche gratuito envolvido. Enquanto as redes viralizam, a vida real segue cética — e com pouco apetite para a exposição.
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