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Polícia identifica depósitos suspeitos de R$ 152 mil na conta de Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians

  • Foto do escritor: Fabio Sanches
    Fabio Sanches
  • 5 de jun.
  • 2 min de leitura

A Polícia Civil de São Paulo identificou movimentações financeiras consideradas suspeitas na conta pessoal de Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians. Entre dezembro de 2023 e abril de 2024, foram realizados depósitos em espécie que somaram R$ 152.070, sempre em valores inferiores a R$ 2 mil. Segundo o relatório, a prática pode indicar uma estratégia deliberada para driblar o rastreamento bancário estabelecido pelo Banco Central.


Os depósitos surgiram no período em que Melo assumiu a presidência do clube. O padrão cessou em maio, mês em que vieram à tona as primeiras denúncias relacionadas ao contrato com a casa de apostas VaideBet. De acordo com os investigadores, o perfil fragmentado dos valores indica uma tentativa de ocultar a origem do dinheiro. Além disso, o relatório apontou transferências subsequentes que, conforme a polícia, ocorreram com objetivo de mascarar a identidade dos depositantes .


O Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou o processo de destituição de Augusto Melo em 26 de maio. A decisão, porém, precisa da ratificação dos sócios em assembleia marcada para quinta-feira (9). Enquanto isso, Osmar Stábile segue como presidente interino e promete punir os envolvidos na tentativa de "golpe".


Investigação e o escândalo da VaideBet

A polícia vinculou o mesmo "modus operandi" dos depósitos em espécie ao esquema investigado no contrato da VaideBet. O caso resultou no indiciamento de Augusto Melo por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado. A intermediação do acordo de patrocínio, que previa um total de R$ 360 milhões ao longo de três anos, incluiu uma empresa fantasma chamada Neoway. Há, ainda, repasses a entidades suspeitas — como a UJ Football, associada a nomes do Primeiro Comando da Capital (PCC).


As autoridades apontaram que o dinheiro percorreu um caminho que incluiu empresas de fachada até chegar a contas relacionadas ao crime organizado. Um relatório preliminar indicou que R$ 1.074.150, dos R$ 1,4 milhão pagos em comissão, acabaram desviados por esse canal.


Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing, e Alex Cassundé, sócio da intermediadora Rede Social Media Design, também fazem parte da investigação.


Defesa de Augusto Melo

Ao se defender, Augusto Melo afirmou que todos os valores recebidos em espécie são oriundos de seu comércio e de um estacionamento de sua propriedade. Ele explicou que costuma fazer retiradas em dinheiro vivo como pró-labore, tanto dele quanto de seus sócios.

"Todas as minhas transações bancárias foram entregues à Polícia para investigação por minha vontade", declarou. Ele garantiu ainda que os valores constam em sua declaração de Imposto de Renda e reforçou que sua vida financeira está regularizada.

A Polícia Civil destacou incongruências entre os depoimentos prestados por Melo e as informações colhidas. Em um trecho do relatório, os investigadores mencionaram uma fala do presidente afastado em um podcast, na qual ele admitiu que Mariano "autorizava o pagamento de 30, 40 contas por dia". Posteriormente, Melo negou essa declaração ao ser interrogado, mas a gravação foi anexada ao processo como contraprova .


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