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Marina Silva abandona audiência após bate-boca com senadores

  • Foto do escritor: Fabio Sanches
    Fabio Sanches
  • 27 de mai.
  • 2 min de leitura
Plínio Valério chegou a dizer que a ministra não merecia respeito
Plínio Valério chegou a dizer que a ministra não merecia respeito

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, abandonou audiência da Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta terça-feira (27), após bate-boca com parlamentares e de ouvir de um deles que ela "não merece respeito". Na condição de convidada, para tratar de questões ligadas à exploração de petróleo na Margem Equatorial no Amapá, Marina Silva participou do debate por mais de três horas. No momento mais tenso, houve uma sucessão embates. Primeiro, com o senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, que cobrou a liberação da obra de pavimentação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. A medida é alvo de controvérsias há décadas, pois cruza uma região ambientalmente sensível da Floresta Amazônica. Na sequência, o presidente da Comissão de Infraestrutura, senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, ironizou o posicionamento da ministra, que rebateu afirmando que não seria submissa.


A decisão de encerrar a participação veio após o senador Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, afirmar que respeitava Marina Silva como mulher, mas não como ministra. Já fora da comissão, a ministra do Meio Ambiente destacou que este não foi o primeiro embate com Plínio Valério. Em março, o senador disse em um evento que queria enforcá-la.

“Ouvir um senador dizer que não me respeita como ministra, eu não poderia ter outra atitude. Mas eu dei a chance de ele pedir desculpas. Como ele é uma pessoa que já disse que da outra vez em que eu vim aqui, também como convidada, foi muito difícil para ele ficar seis horas e dez minutos comigo sem me enforcar, e hoje ele veio aqui de novo para me agredir”, afirmou a senadora.

Na ocasião, Plínio Valério afirmou: "Marina esteve na CPI das ONGs seis horas e dez minutos. Imagine o que é tolerar a Marina seis horas e dez minutos sem enforcá-la". O episódio gerou uma representação contra o senador no Conselho de Ética, e Marina Silva entendeu como uma ameaça.


Nesta terça, a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, classificou como "um completo absurdo" a recepção dos senadores a Marina Silva e pediu retratação e responsabilização para que o episódio, avaliado como "grave, além de misógino", não se repita. Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, afirmou ser "inadmissível o comportamento do presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério, e do senador Plínio Valério". Além disso, manifestou repúdio "aos agressores e solidariedade do governo à Marina Silva". Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, publicou que "Marina Silva tem responsabilidade e conhecimento sobre a questão ambiental que poucas pessoas acumulam no Brasil". Segundo a titular da pasta, a reação contra ela "fere as mulheres e o governo". Já a primeira-dama da República, Janja da Silva, escreveu nas redes sociais que é "Impossível não ficar indignada com os desrespeitos sofridos pela ministra Marina Silva no Senado”.



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